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25 de Abril de 2024
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    PGR defende cooperação de instituições no combate ao crime organizado

    Roberto Gurgel participou da abertura do Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, em Brasília

    há 14 anos
    O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, participou, nesta quarta-feira, 19 de maio, da abertura do Seminário Internacional sobre Repressão ao Crime Organizado, em Brasília. Promovido pela Polícia Federal (PF) e pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), o evento visa promover o debate sobre técnicas de investigação para o combate ao crime transnacional. Também estavam presentes o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, o representante da UNODC, Bo Mathiasen, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.

    Roberto Gurgel expôs que o avanço tecnológico, ainda que traga a esperança de dias melhores, simultaneamente cria enormes desafios, como as possibilidades criadas no ambiente da criminalidade. Para ele, a sofisticação dos modos de operação do crime oferece dificuldades crescentes em combatê-los de modo eficaz. “Enquanto somos, como devemos ser, obedientes às exigências do Estado de direito e às suas regras, a criminalidade estabelece as suas próprias normas, de acordo com a conveniência e utilidade para seus propósitos criminosos”, disse.

    Segundo o procurador-geral, o que fará o Estado do bem comum prevalecer será a união de esforços das instituições de combate às práticas delituosas. “A união de esforços e inteligência tanto no plano interno como no plano internacional deve dar-se em todos os instantes de nosso agir, desde a etapa de planejamento à fase de execução; um planejamento que não pode ser apenas operacional, mas que se antecipa às intervenções materiais; um planejamento ainda no plano das ideias, de compreensão do fenômeno, de estabelecimento de ideias e pró-atividade, que passa obrigatoriamente pela definição do quadro normativo que há de reger as nossas práticas”, declarou.

    De acordo com ele, tais instituições devem contribuir com o parlamento fornecendo as informações necessárias à adoção das mais eficientes políticas criminais. “Poderemos fornecer os subsídios técnicos necessários à promulgação de normas que promovam o adequado compromisso entre a dimensão objetiva e subjetiva dos direitos fundamentais, entre a autonomia privada e as imposições da segurança pública, levando em conta as determinações limitantes da realidade e os informes de criminologia”, afirmou.

    Interceptações
    - Gurgel destacou ainda que a ênfase dos trabalhos do seminário foi dada a um dos aspectos mais polêmicos da atualidade: a técnica investigativa de interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas. “Jamais desejaremos e jamais defenderemos um estado negador da privacidade dos cidadãos, tampouco devemos ser seduzidos pela facilidade desse meio de prova, de modo a banalizá-lo, por intempestivos e indevidos empregos”, pontuou. Mas ele salientou a sua imprescindibilidade, sobretudo em relação a determinadas espécies de crimes em que é o principal, senão o exclusivo, instrumento de investigação.

    Para o procurador-geral, a Lei 9.296/96 tem sofrido interpretações que a adaptam à realidade, mas ainda carece de melhorias. Ele sugeriu como exemplos prazos diferenciados de tempo de escuta em função da natureza do delito e mecanismos mais eficientes de controle de sua efetivação. E afirmou ter a convicção de que, ao término do evento, outros tantos serão discutidos e apresentados, como forma de proposição e subsídios ao Congresso Nacional.


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