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PRE/RJ: Flávio Campos e Deodalto Ferreira são denunciados por captação ilícita de sufrágio
Eles são acusados de realizar cirurgias de laqueadura em troca de votos
Publicado por Procuradoria Geral da República
há 14 anos
O candidato a deputado estadual Flávio Campos Ferreira e seu irmão, Deodalto José Ferreira, foram denunciados por conduta vedada e captação ilícita de sufrágio. De acordo com a ação ajuizada pela procuradora regional eleitoral, Silvana Batini, os sócios do Hospital de Clínicas de Belford Roxo realizavam cirurgias de laqueadura em troca de votos.
A maior parte das operações foram feitas por Silvino Magalhães, preso pelo exercício ilegal da medicina. Algumas foram conduzidas por Félix Arózqueta, boliviano que também não estava autorizado a exercer a Medicina no Brasil.
As investigações feitas após a prisão do “falso médico” descobriram um esquema de captação de votos no Hospital, para o qual foram usados recursos públicos recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) e repassados pela prefeitura de Belford Roxo.
De acordo com o depoimento da paciente S.N., Deodalto informou que a laqueadura seria realizada por intermédio de Flávio e que, por isso, ela deveria ser grata a ele. O médico pediu ainda que ela guardasse segredo sobre a operação.
Em outro depoimento, A. M. afirmou que o procedimento feito em sua companheira, G., foi feito pelo convênio com o SUS e que no hospital ela recebeu um “santinho” com a propaganda do candidato. Ele acrescentou que “pessoas ligadas ao Hospital distribuem na região 'santinhos' do Dr. Flávio, oferecendo a cirurgia de ligadura para as mulheres, pedindo apenas que apresentem título de eleitor, não se importando com a idade das mesmas”.
No hospital, os fiscais do TRE apreenderam, além de cartões de médicos e medicamentos, 89 cartões com o nome do candidato a Deputado Estadual Dr. Flávio e o número 22.522; 14 cartões com o nome dr. Flávio Campos Ferreira – médico anestesiologista – CRM 5266443-0 e material de propaganda do político. No carro de Silvino Magalhães, os fiscais encontraram grande quantidade de “santinhos” de propaganda do candidato.
Captação ilícita de sufrágio – Deodalto oferecia as laqueaduras de trompas às pacientes, fossem elas gestantes ou mulheres que visitavam a clínica pela primeira vez. Além disso, pedia as pacientes para divulgar a iniciativa para outras mulheres que pudessem estar interessadas em realizar tal procedimento cirúrgico. Momentos depois do oferecimento da “dádiva” ou da efetiva realização da cirurgia, os irmãos solicitavam um “apoio” ou uma “força” para a campanha do “Dr. Flávio”.
Se aceita a denúncia, os sócios deverão pagar multa e ter o diploma ou o registro de candidatura, no caso de Flávio Campos, cassado. Flávio se tornará ainda inelegível pelos próximos oito anos.
A maior parte das operações foram feitas por Silvino Magalhães, preso pelo exercício ilegal da medicina. Algumas foram conduzidas por Félix Arózqueta, boliviano que também não estava autorizado a exercer a Medicina no Brasil.
As investigações feitas após a prisão do “falso médico” descobriram um esquema de captação de votos no Hospital, para o qual foram usados recursos públicos recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) e repassados pela prefeitura de Belford Roxo.
De acordo com o depoimento da paciente S.N., Deodalto informou que a laqueadura seria realizada por intermédio de Flávio e que, por isso, ela deveria ser grata a ele. O médico pediu ainda que ela guardasse segredo sobre a operação.
Em outro depoimento, A. M. afirmou que o procedimento feito em sua companheira, G., foi feito pelo convênio com o SUS e que no hospital ela recebeu um “santinho” com a propaganda do candidato. Ele acrescentou que “pessoas ligadas ao Hospital distribuem na região 'santinhos' do Dr. Flávio, oferecendo a cirurgia de ligadura para as mulheres, pedindo apenas que apresentem título de eleitor, não se importando com a idade das mesmas”.
No hospital, os fiscais do TRE apreenderam, além de cartões de médicos e medicamentos, 89 cartões com o nome do candidato a Deputado Estadual Dr. Flávio e o número 22.522; 14 cartões com o nome dr. Flávio Campos Ferreira – médico anestesiologista – CRM 5266443-0 e material de propaganda do político. No carro de Silvino Magalhães, os fiscais encontraram grande quantidade de “santinhos” de propaganda do candidato.
Captação ilícita de sufrágio – Deodalto oferecia as laqueaduras de trompas às pacientes, fossem elas gestantes ou mulheres que visitavam a clínica pela primeira vez. Além disso, pedia as pacientes para divulgar a iniciativa para outras mulheres que pudessem estar interessadas em realizar tal procedimento cirúrgico. Momentos depois do oferecimento da “dádiva” ou da efetiva realização da cirurgia, os irmãos solicitavam um “apoio” ou uma “força” para a campanha do “Dr. Flávio”.
Se aceita a denúncia, os sócios deverão pagar multa e ter o diploma ou o registro de candidatura, no caso de Flávio Campos, cassado. Flávio se tornará ainda inelegível pelos próximos oito anos.
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